[Análise] Final Fantasy VII Remake Intergrade [PS5]



Soube-vos a pouco o Final Fantasy VII Remake? Pois bem, a Square Enix traz-nos um pouco mais com a sua expansão denominada Intergrade, criando uma história em paralelo de uma personagem conhecida do Final Fantasy 7 original. Se por ventura não o fizeram, recomendamos vivamente que leiam a nossa analise do título base, não somente para confirmarem a nossa opinião sobre ele, mas porque consideramos essencial para o melhor entendimento do artigo que se segue. 


Se jogaram o Final Fantasy VII, devem saber que existem duas personagens secundárias que poderíamos desbloquear, e nesta expansão uma delas ganhou todo o protagonismo. Falamos de Yuffie Kisaragi, uma ninja adolescente armada com um shuriken/boomerang e cuja personalidade cómica e vibrante contrasta com o melancolismo do anterior herói Cloud. Ela apresenta-se como uma caçadora de matéria (itens que servem para canalizar magia) que faz parte das forças especiais de elite do novo governo de Wutai, cujo objetivo passa por infiltrar e roubar a materia secreta do quartel general da Shinra. Temos então aqui o objetivo da nossa história, que se desenrola nuns curtíssimos 2 capítulos (comparando com os 18 do FF 7 Remake). 


A nossa aventura decorre no espaço temporal do capitulo 8 quando o reator explode e Cloud é separado de Barret e companhia que voltam para os "slums" do sector 7. A narrativa encontra-se bem enquadrada com o enredo de Final Fantasy 7, onde um fato interessante passa por, ao tentarmos entrar no esconderijo da célula Avalanche, sermos impedidos por uma força misteriosa (o que pensamos ser devido ao fato de no Final Fantasy 7 original só podermos vir a ter acesso à Yuffie quando a equipa sai de Midgar e a Square Enix querer manter alguma coerência na história). Enquanto percorremos o mapa reconhecemos alguns NPCs de Final Fantasy 7 Remake, mas também descobrimos personagens novas para esta jornada, fato que nos agradou bastante pois permitiu desta forma expandir o universo de FF com personagens não canónicas. Destas, destacamos Sonon Kusakabe, o nosso único companheiro de batalha, que apesar de não ser controlado por nós, pode usar habilidades que nos permitem atacar em uníssono para derradeiros assaltos e eliminar tudo o que aparece para nos enfrentar. Tudo isto com a jogabilidade que já nos é familiar do Remake e que flui perfeitamente na PS5, sem queda de frames ou de qualquer travagem na imagem. Salientamos que as texturas foram melhoradas (sim, a porta foi retificada) criando um aspeto visual muito perto de uma obra de arte. E falando de melhoramentos ao nível audio-visual, as composições também alvo de um upgrade ao nível da sua variedade: já no primeiro capítulo, temos várias vertentes musicais desde o jazz até ao heavy metal (que podemos apreciar junto aos gramofones espalhados pelo cenário). 


Durante os dois capítulos temos atmosferas bastante distintas. O primeiro enquadra-se na integra com a nossa personagem, apresentando um ambiente bastante cómico e divertido, onde as próprias missões secundárias realçam essa atmosfera. Passamos esta fase sempre com um sorriso no rosto, seja pelos momentos que vamos atravessando ou pelos comentários feitos por Yuffie e companhia. Já no decorrer do segundo capitulo a história torna-se bastante séria finalizando com um climax bastante tenebroso onde somos apresentados à já nossa conhecida antagonista Scarlet. Ela chefia o departamento de armamento da Shinra e vê a nossa equipa como pequenos insetos a esmagar, manipulando todos os meios  disponíveis para esse objetivo usando mesmo um trunfo especial que ajuda a criar um final apoteótico para o Final Fantasy Remake Integrade.





À semelhança do Remake, temos os dois modos de dificuldade distintos: um modo normal, onde passamos calmamente sem grande complicações, e o modo Hard. Neste, o jogo passa a ser bastante estratégico, forçando-nos a usar determinadas técnicas de combate e matéria diferentes para derrotar cada um dos bosses, não podendo usar itens durante todo o jogo o que complica a nossa tarefa. Falando em igualdade, também aqui foram criados os "mini-games". Temos o conhecido combate virtual, a destruição de caixas e um novíssimo mini jogo, o Forte Condor (uma homenagem a um mini jogo do original, uma espécie de defesa de torres onde temos que largar monstros para destruir as torres inimigas enquanto defendemos as nossas).



Queremos só alertar que o único tutorial que temos durante a aventura é da dinâmica de combate da nossa nova protagonista visto ser bastante diferente das anteriores personagens do FF 7 Remake. Portanto, convidamos a regressar e experienciar a jornada (ou pelo menos parte dela) do jogo completo, não só para apreciarem as novas texturas mas também relembrar todos os mecanismos de combate, evolução de armas e uso de matéria.



Conclusão

Para quem gostou do Final Fantasy Remake, a versão Integrade melhora todo o grafismo e traz mais umas boas horas passadas em frente à consola. Uma expansão para degustar, calmamente e saborear as poucas horas que nos transporta para este universo. Mesmo sendo curto, Intergrade deixa um paladar ótimo e ajuda-nos na nossa espera por mais.


O melhor:
  • Toda a atmosfera do jogo;
  • Novos personagens não canónicos;
  • Gráficos otimizados;
  • Novo mini jogo;



O pior:
  • Extremamente curto: mesmo sendo um DLC podia ter mais um par de horas;



Nota do GameForces: 8.5/10



Título: Final Fantasy VII Remake Intergrade
Desenvolvedora: Square Enix
Publicadora: Square Enix
Ano: 2021




Autor: Filipe Martins





[Análise] Final Fantasy VII Remake Intergrade [PS5] [Análise] Final Fantasy VII Remake Intergrade [PS5] Reviewed by Filipe Martins on agosto 19, 2021 Rating: 5

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