Análise | MARVEL vs CAPCOM Fighting Collection: Arcade Classics - Dos Arcades às consolas da nova geração
Admito que, apesar de adorar jogos de luta, nunca tinha experimentado um MARVEL vs CAPCOM, não sei se fora talvez pelo combate muito idêntico ao de Street Fighter que, por sua vez, somente nos títulos mais recentes é que se tornou apelativo (a meu ver) ou porque podia não conhecer metade das personagens que lá constam. Assim, quando surgiu a oportunidade de experimentar esta compilação dos clássicos títulos da franquia que já sofreu tantos altos e baixos ao longo dos anos, não a deixei escapar. Com isto, tendo a referir que esta análise é completamente transparente e proveniente de alguém que nunca experimentou algum jogo da franquia, seja nas consolas atuais ou nas máquinas de arcade.
Assim como diz o título, estamos perante uma coleção de diversos jogos de combate da série Marvel, assim como os títulos cross-over com as frânquias Capcom. Podemos, desta forma contar com os seguintes títulos: X-Men: Children of the Atom; Marvel Super Heroes; X-Men vs. Street Fighter; Marvel Super Heroes vs.Street Fighter; Marvel vs. Capcom: Clash of Super Heroes; Marvel vs. Capcom 2; e The Punisher. Todos estes, clássicos dos arcades que provavelmente fizeram parte da infância de muitos leitores mais antigos desta comunidade. Vale constar que todos os jogos contém a sua versão americana e japonesa, que pode ser escolhida antes de selecionarmos o jogo em si.
Tendo em conta que o jogo não ensina praticamente nada sobre como se joga, o que dificulta um pouco a introdução neste universo para os novos jogadores (como eu), posso dizer que a experiência com o jogo não foi de todo entediante. Os jogos em si são todos muito parecidos e oferecem somente o clássico modo arcade no qual efetuamos um X número de lutas, até chegarmos a um último Boss. Após lutarmos contra esse mesmo somos levados a um vídeo. Isto é algo que se vê em títulos mais recentes como Mortal Kombat 1 e Tekken 8. São nestas situações que ficamos a pensar que os jogos de luta mantiveram-se fieis a estes pequenos aspetos desde os anos 90.
Em termos de gameplay senti que os jogos estavam muito rápidos em determinados momentos e acima de tudo muito difíceis. O grau de dificuldade sobe do 8 para o 80 entre a primeira e a terceira luta, aspecto que foi verificado não num, mas em todos os títulos... muito provavelmente resultante das politicas das salas de arcade que queriam manter a rotatividade das máquinas num ponto óptimo. Outro detalhe menos bem conseguido que presenciamos foi no jogo The Punisher que, é importante realçar, é o único título que é diferente de todos os outros. Ao contrários dos restantes que se tratam de jogos de luta em modo arcade, este trata-se de um Beat'em Up no qual controlamos o Punisher ou o Tony Stark (que para quem não vive no planeta Terra, não sabe é o Iron Man!). Neste, reparei que a minha personagem perdia vida por tudo e por nada. Ou seja, não era preciso receber golpes inimigos para perder vida.
O jogo oferece ainda um menu de museu no qual é possível desfrutar de diversas artes dos jogos, tanto de produção, como rascunhos iniciais. É bastante interessante para quem quer saber um pouco sobre o progresso produtivo dos títulos, contudo, é algo que se vê em 20 minutos no máximo.
Conclusão
- Nostalgia Pura;
- Muita Variedade de jogos.
- Dificuldade muito desproporcional;
- Poucos modos de jogo.
Desenvolvedora:Capcom
Editora: Capcom
Ano: 2024
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