[Análise] Haven [NSW]



Desenvolvido e publicado pela The Game Bakers chega-nos uma nova e distinta aventura designada simplesmente por "Haven". Exatamente, os criadores de Fury trazem-nos agora um RPG de romance totalmente diferente, ao que na jogabilidade podemos ter em conta, mas com uma direcção artistica bastante similar e cativante.

Yu e Kay são o jovem casal que protagoniza a nossa história. Depois de fugirem do seu planeta, onde os relacionamentos são condicionados e controlados por uma entidade denominada de "Matchmaker", a nossa dupla tenta encontrar um local onde o seu amor possa existir.



Toda a história decorre em torno dos sentimentos que o casal nutre entre si, na descoberta do seu passado enquanto seres e por fim, mas não menos importante do seu percurso de descoberta em conjunto da mística deste novo mundo. Resultante desta cumplicidade e vivencia comum dos dois parceiros, a significativa parte dos diálogos do jogo serão exclusivamente entre ambas as personagens.

Sendo Yu e Kay muito parecidos à primeira vista, ao longo da aventura vamos percebendo que as suas personalidades são significativamente distintas, ainda que complementares. Yu é um espírito selvagem sempre pronta para a aventura sem medo do desconhecido, enquanto que Kay é muito mais afetuoso e comedido.



A nossa aventura propriamente dita começa quando a nave dos nossos heróis se despenha neste planeta misterioso e fica em parte danificada. Sendo que temos como objectivo principal e primário recolher peças para reparar a nossa nave. Parece simples, mas não é. Esta tarefa torna-se muito mais difícil se só podermos recolher cada uma das peças individualmente, considerando ainda que numa fase inicial não temos um mapa do mundo.

Este processo apresenta uma tendência a tornar-se algo repetitivo e cansativo, após tantas viagem de descoberta e regresso à nave. Este aspecto assume um maior relevo quando no jogo temos pequenos mundos de espaço aberto ligados por frequentes ‘Flow Threads’ (basicamente, caminhos de luz onde decorrem inclusivamente operações de loading). Estes ‘Flow Thread’ são as ligações entre mapas nos quais precisamos de carregar a nossa energia para os passar. De que forma? Seguindo também feixes de luz espalhados pelo mapa onde deslizamos sobre eles, qual Tony Hawk num rail!



Durante a descoberta destes pequenos pedaços do mundo encontramos também ingredientes muito importantes para cozinharmos. Estes ingredientes podem ser misturados com objectivos diferenciados, fazendo com que o resultado final da receita nos ajude com um maior HP ou melhorar das estatísticas de combate.

Combate, perguntam vocês? Sim também existem combates contra criaturas que nos atacam durante a nossa viagem. Sobre o sistema de combate temos uma mecânica singular e pouco recorrente que passa pelas combinações das duas personagens. Estas duas personagens podem ser controladas por dois ou um único jogador, sendo que na variante singular torna-se algo confuso pois necessitamos de combinar diversos ataques coordenados. A ideia será uma batalha por turnos, mas onde o nosso inimigo nos ataca sem dó nem piedade a qualquer altura não esperando a sua vez. Da parte dos nossos heróis temos que escolher uma de quatro opções para atacar os nossos inimigos, procurando usar o ataque mais adequado.



A banda sonora, produzida pelo músico Francês Danger, é muito agradável e em linha com um jogo de exploração, sendo muito calma e melódica. Quanto ao grafismo muito a fazer lembrar Fury, dos mesmo criadores, onde as cores suaves mas aguerridas fazem parte de todo o cenário. Pena é a falta de diversidade nos mesmos onde a falta de biomas pode deixa-los repetitivos. 



Resumo
Em conclusão Haven é um jogo interessante para quem quer disfrutar de uma aventura romântica calma, mas não muito elaborada. A ideia está muito bem pensada mas peca em alguns aspetos como uma exagerada quantidade de transições entre cenários, com loadings longos, ou as mecânicas repetitivas de exploração.




O Melhor:
  • Banda sonora melódica;
  • Grafismo suave mas aguerrido.

O Pior:
  • Mecânicas de combate complexas em solo;
  • Repetetividade nas "missões".



Pontuação do GameForces – 6.0/10




Título: Haven
Desenvolvedora: The Game Bakers
Publicadora: The Game Bakers
Ano: 2021



Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela The Game Bakers



Autor da Análise: Bruno Neves
[Análise] Haven [NSW] [Análise] Haven [NSW] Reviewed by Bruno Neves on fevereiro 15, 2021 Rating: 5

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