[Análise] The Unholy Society [Switch]




 Desenvolvido e publicado pela Cat-astrophe Games, o The Unholy Society trata-se da primeira parte das aventuras de Bon e é inspirada em filmes dos anos 80 e 90, histórias de banda desenhada e além de tudo mais encaixa-se nas categorias de "cultura pop".

 A nossa história começa com Bonaventura Horowitz um padre e exorcista não muito enquadrado com os valores da religião cristã. Bebe todo o dia, dorme por onde calhar, pragueja sem pensar duas vezes. Um daqueles padres em que o proverbio "Faz o que digo. Não faças o que eu faço" assenta que nem uma luva.

 Num dia como outro qualquer para Bon, depois de uma luta com um demónio que conhecera como uma miúda através do Tinder, recebeu a notícia que a sua irmã se iria casar. Logo se pós a caminho não somente para oficializar ele mesmo o casamento, como também  para  fazer as pazes com o seu irmão.


 Este jogo trata-se de um side scroller de aventura e sátira religiosa onde temos que ajudar o nosso padre a perceber o que se está a passar na sua cidade natal, Silent Virginia.

 Os controles usados são muito simples, enquanto que para nos movimentarmos no cenário podemos andar, subir escadas e entrar em casas, também Bon têm um skate que o ajuda a percorrer o mapa com maior velocidade. Encontra-se disponível adicionalmente um telemóvel, que nos permite ler mensagens e fazer telefonemas para por exemplo a nossa família ou mesmo o líder supremo de toda a religião cristã, o Papa.

 Vamos também nos fazendo acompanhar por outros itens que vamos descobrindo por todo o mapa  as nossas interações com NPC, desde pessoas a simples gatos espalhados pela cidade (mas para quê tantos gatos!).


 Falando um pouco mais do humor do jogo, podemos desfrutar do mesmo nos diálogos ao longo de todo o nosso percurso. Todas as conversas oscilam entre a sinceridade e uma explosão de emoções, mas nunca mudando o curso para onde a história está indo.

 O modo de batalha é também ele muito simples e trata-se de uma lupa apontada pelo nosso herói ao ecrã e com ela temos que encontrar os símbolos que perfazem cada um dos ataques antes que o tempo acabe. Podemos escolher até três ataques para o nosso set antes de entrar em cada batalha.

 Assim, um ataque leve é uma cruz e um símbolo de energia, um ataque médio é energia-cruz-energia (nesta ordem) e assim por diante. A aparição dos símbolos é totalmente aleatória, tanto na sua forma como na sua localização.


 Além disso, o quarto ataque que aprendemos é uma espécie de feitiço de cura em que institui um símbolo de pentagrama que não aparece nos três ataques anteriores. Portanto, houve várias vezes em que o pentagrama consumiu um espaço valioso para ataques leves, médios ou fortes levando a uma etapa inteira sem que nada aconteça .

 Este sistema causa alguns problemas visto que todos os símbolos continuam a ter uma aparição no ecrã mesmo quando não fazem parte dos ataques escolhidos no nosso set.

Resumo:

 No Geral o jogo peca em vários aspectos. Por um lado todo o estilo artístico e o humor são bastante apurados, mas por outro o modo de combate e a banda sonora deixam muito a desejar. Bem como a longevidade da campanha que mesmo com as “side-quests” (são tão curtas e simples que não chegam para o nome que lhe damos) não chegamos a ter meia hora de jogo neste primeiro capítulo da saga.

Também é prejudicial para as expectativas da saga acabar sem qualquer aviso de que este seria um titulo referente somente a um primeiro capítulo.


O Melhor:
  • Estilo Artístico
  • Algum humor nos diálogos

O Pior:

  • Longevidade fraca
  • Modo combate bugado

Pontuação do GameForces – 6.0/10


Título: The Unholy Society 
Desenvolvedora: Cat-astrophe Games
Publicadora: Cat-astrophe Games
Ano: 2020

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela Cat-astrophe Games.



Autor da Análise: Bruno Neves 


[Análise] The Unholy Society [Switch] [Análise] The Unholy Society [Switch] Reviewed by Bruno Neves on março 30, 2020 Rating: 5

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