[Análise] Captain Tsubasa: Rise of New Champions [NSW]

 



Captain Tsubasa: Rise of New Champions, desenvolvido pela Tamsoft e produzido pela Bandai Namco, é o mais recente videojogo da conceituada série conhecida por Super Campeões em Portugal.  Neste título, somos presenteados com um capitulo da aventura portagonizada por Oliver Tsubasa e seus amigos, no decorrer do campeonato inter-escolas juvenil. A escola de Tsubasa, conhecida como Nankatsu, procura o terceiro campeonato consecutivo, mas nesta jornada vai ter dificuldades extraordinárias para o conseguir. 

Num jogo de futebol muito diferente do que temos nos mais conhecidos titulos do género como PES ou FIFA, Captain Tsubasa traz-nos uma jogabilidade de arcada e simulação como nunca vimos, apresentando-se como uma experiência diferenciada e procurando definir uma subgénero muito particular de uma experiência que move milhões de jogadores todos os anos.



Com dois modos de jogo na sua vertente de história bastante similares no tipo de jogabilidade mas completamente diferentes nas suas mecânicas, teremos a possibilidade desde o inicio de escolher entre "The Journey" e "Hero". 

No primeiro seremos presenteados com a história que relata a jornada de Oliver Tsubasa enquanto persegue o seu Tri-campeonato e ao longo da qual iremos defrontar inúmeras personagens que muitos de nós reconhecerão do anime que nos leva nostalgicamente aos anos 90. Já no segundo modo, Hero, encontramos toda uma nova aventura podendo nós ser transportados para dentro do jogo com um modo de criação de personagem e onde jogaremos ao lado das estrelas que todos conhecemos. Também neste segundo modo é onde se verificam mais variantes do jogo, uma vez que passaremos pela construção de uma personagem, não só a nível de design como também dos seus movimentos técnicos, remates, cortes e muito mais.


Salientamos que o modo The Journey é o mais aconselhado para conhecermos todas as dinâmicas que o jogo nos traz, tais como o modelo de jogo, muitos tutoriais e acções especiais de cada personagem. Já o modo Hero é o que nos transmite uma experiência mais focalizada no que ao desenvolvimento de personagem diz respeito e mais abrangente na sua jogabilidade. 

Em qualquer uma das sagas, os diálogos entre partidas são algo longos e exaustivos fazendo com que exista um sentimento de arrastamento, levando ao desejo de querer passá-los o mais rápido possível e partir para dentro do campo onde a magia acontece. Mesmo no palco de todo o espectáculo, no relvado, temos o melhor que poderia se ver numa série deste tipo, mas infelizmente também algumas falhas que levariam a assumir estarmos perante uma jogabilidade datada. 

Com movimentos robóticos, repetitivos e algumas falhas na jogabilidade poderia antever-se o pior. Felizmente, esta valência encaixa razoavelmente bem com o melhor que este jogo têm: as habilidades quase únicas de cada jogador, levando a ofuscar estes problema de base. Podemos ver um jogador como Oliver Tsubasa a fazer o seu remate especial e deixar o guarda redes pregado ao chão sem reacção, um corte com pouco estilo mas muito efectivo com a própria cara de Bruce ou até uma catapulta como finalização a um cruzamento por parte dos gémeos Masao. 
Aqui sim toda a nostalgia vem ao de cima e faz com que queiramos jogar partida atrás de partida tentando sempre procurando utilizar uma habilidade nova e explorando todos os pontos fortes dos nossos jogadores favoritos. 


Assumidamente o tipo de jogo dentro de campo assume-se sempre como uma batalha, sim uma batalha. Isto porque o objectivo será sempre tomar acções com os nossos jogadores de forma a que o guarda redes contrário fique com a sua barra de stamina gasta e deixe assim os nossos remates chegarem ao fundo das redes.
Todos os movimentos de remate, finta e corte descem a stamina dos jogadores de campo. No sentido contrário temos os guardiões que perdem a sua stamina ao defender remates, quanto mais forte e perto da baliza for o remate maior stamina é perdida pelo guarda-redes e mais perto estamos de fazer golo. 

Temos por fim, mas não menos importante, o modo online que nos traz uma parte muito divertida do jogo. Podemos formar uma equipa com um custo total limitado, onde jogadores conhecidos como Julian Ross, Alan Morisaki e outros apresentam elevados valores para a nossa formação, enquanto que jogadores menos conhecidos do publico deste anime serão os mais “económicos”. Esta premissa, associada à componente competitiva online potencia a experimentação de jogos muito diversificados que nos deixarão com muitas horas de jogo pela frente mesmo depois da conclusão das histórias principais.




Resumo 

No geral, Captain Tsubasa: Rise of New Champions é um grandissimo jogo para quem é fã do anime e procura um jogo com muitos movimentos e habilidades vistosas a potenciar a gracificação do jogador. Por outro lado em termos de mecanica de jogo podemos ver várias lacunas onde as maiores podem ser vistas nos movimentos robóticos dos jogadores em campo. 

Se procuram um jogo de futebol arcade é possivelmente um dos mais interessantes e cativantes do mercado, mas é de notar que apresenta uma premissa bem diferente de jogos como FIFA ou PES, mais focalizados no aspecto tecnico e de simulação deste desporto. 




O Melhor: 
  • Coerência com a história original;
  • Nostalgia em todas as habilidades únicas;
  • Modo de jogo com crescimento efectivo da personagem.

O Pior: 
  • Mecânicas robóticas;
  • Banda sonora muito diferente da série.



Pontuação do GameForces – 7.0/10 



Título: Captain Tsubasa: Rise of New Champions
Desenvolvedora: Temsoft
Publicadora: Bandai Namco
Ano: 2020

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a Nintendo Switch, através de um código gentilmente cedido pela Bandai Namco


Autor da Análise: Bruno Neves 









[Análise] Captain Tsubasa: Rise of New Champions [NSW] [Análise] Captain Tsubasa: Rise of New Champions [NSW] Reviewed by Bruno Neves on outubro 01, 2020 Rating: 5

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