Sony, Nintendo e Microsoft – O que os “Big 3” trouxeram à Lisboa Games Week



Mais um ano, mais uma edição da Lisboa Games Week, aquela que se tem vindo a afirmar como a mais robusta convenção de videojogos em Portugal. Num ano em que mais espaço pareceu ser dedicado a PC gaming, ao merchandising e a equipas de Esports, o que é que as três grandes produtoras de hardware vieram oferecer a quem se deslocou à Lisboa Games Week?

Sony PlayStation – Passado recente, presente, futuro próximo

Como já tem vindo a ser hábito, uma grande porção do espaço de um dos pavilhões da FIL foi cedido à Sony, que aproveitou para passatempos, para sessões competitivas e, como não podia deixar de ser, para colocar à disposição uma vasta quantidade de jogos para experimentar.
Entre espaços dedicados exclusivamente ao mais recente Call of Duty e a Gran Turismo Sport, houve títulos exclusivos lançados nos últimos 18 meses - como God of War ou Concrete Genie -, títulos third-party – como Grid ou PES 2020 -, uma boa oferta de títulos PSVR – como Beat Saber ou Five Nights at Freddy’s -, e ainda a possibilidade de experimentar demonstrações de jogos por lançar, como foram os casos de Nioh 2, Predator: Hunting Grounds e Ironman VR.


No geral, foi mais uma presença sonante da gigante PlayStation, com uma oferta variada de atividades e, acima de tudo, de jogos em quantidade e qualidade elevada. Para além disso, a possibilidade de jogar demos de alguns títulos com lançamento marcado para 2020 valorizou a experiência dos que frequentaram um dos quatro dias desta convenção. No entanto, apesar da multitude de jogos e da interação proporcionada pelos representantes da marca, não deixa de ser estranha a ausência de um título tão sonante como Death Stranding¸ que tem dividido a opinião de críticos e de utilizadores, e cuja presença poderia ter esclarecido alguns interessados e curiosos mais indecisos. Estranho foi, também, a falta de promoção hands-on da reconstruída PlayStation Now, que enfrenta concorrência de peso tanto da Microsoft como da Google.


Microsoft Xbox One – Picar o ponto com o “pass” carregado

Não há que estar com rodeios: a presença da Xbox na Lisboa Games Week foi fraquíssima. Dois espaços significativamente mais pequenos que as outras duas grandes marcas, mesmo quando considerados juntos, com uma oferta muito limitada no que toca a títulos. Com apenas dois exclusivos – Gears 5 e Forza Horizon 4 -, e muito pouco mais, a presença da consola da Microsoft nesta convenção focou-se muito mais em publicitar o Xbox Game Pass e a sua modalidade Ultimate. Num dos espaços podia-se jogar os exclusivos já mencionados e mais alguns títulos – como PES 2020, Rocket League ou Mortal Kombat 11 – em algumas consolas instaladas, enquanto que no outro espaço podia-se jogar exatamente os mesmos títulos, mas em alguns PCs montados para a ocasião.
Ao longo da presente geração, as dificuldades que a Xbox sentiu em manter o mercado que detinha na geração anterior foram notórias. A campanha de pré-lançamento da consola foi desastrosa, e a quantidade (e qualidade) de exclusivos ficou aquém da oferta dos dois principais concorrentes. Importa relembrar tudo isto para se entender melhor a estratégia aqui montada, que passa por chamar a atenção para o que de melhor a Microsoft alcançou no período de vida da Xbox One – o Game Pass.


Embora esta presença tenha sido algo desapontante, a mensagem a ser passada parece ser clara. Esta geração de consolas está a chegar ao fim, os resultados não foram os melhores, mas o futuro está a ser preparado. E para a Microsoft, o futuro do mercado das consolas passará pelo Xbox Game Pass. Este serviço, considerado uma espécie de “Netflix para jogos”, tem sido bem recebido e tem apresentado bons números, e será por aqui que a Xbox planeia voltar a ser competitiva. Mas mesmo que se compreenda tudo isto, não deixa de ser estranha a baixa quantidade de jogos disponíveis (sobretudo tendo em conta a vasta oferta acessível através do Game Pass) nos espaços tão pequenos que a gigante Xbox ocupou num dos pavilhões da FIL. No entanto, a presença de uma Xbox original e de uma Xbox 360 foi um bom toque, sobretudo para os mais nostálgicos por tempos mais áureos da marca.

Nintendo Switch – Um “best of” exclusivo dos últimos 12 meses

Mais uma vez, a presença da Nintendo fez-se sentir, ao ocupar uma área considerável de um dos pavilhões da FIL, espalhando diversas estações com consolas Switch (e algumas Switch Lite) e montando um ecrã gigante, onde vídeos de jogos lançados recentemente e a ser lançados no futuro foram mostrados.
No geral, a oferta da Nintendo foi diversa, com a possibilidade de experimentar títulos de vários géneros que foram sendo lançados ao longo do último ano. Desde as entradas mais recentes a séries de sucesso – como Pokémon Sword/Shield ou The Legendo f Zelda: Link’s Awakening -, a novas propriedades intelectuais – como Astral Chain ou Ringfit Adventure -, até jogos mais competitvos – Mario Kart 8 Deluxe ou Splatoon 2 -, a quantidade e qualidade da oferta foi vasta.


Fica, no entanto, a sensação que a presença da consola híbrida nesta convenção serviu mais para promover os jogos lançados para a mesma ao longo de 2019 antes da época das festividades e pouco mais, algo reforçado pela presença apenas de títulos exclusivos para a Switch. A impossibilidade de se experimentar excelentes títulos indie como Katana Zero ou Cadence of Hyrule foram de estranhar, pesando ainda a ausência de demos ou até teasers/trailers de futuros lançamentos. Decerto que a Nintendo se tem vindo a preparar para um ano de 2020 tão forte como foi este ano, mas fica a sensação de que a presença da Switch nesta edição da Lisboa Games Week não foi tão sólida como em edições anteriores.

Artigo por: Filipe Castro Mesquita

Sony, Nintendo e Microsoft – O que os “Big 3” trouxeram à Lisboa Games Week Sony, Nintendo e Microsoft – O que os “Big 3” trouxeram à Lisboa Games Week Reviewed by Tiago Sá on novembro 24, 2019 Rating: 5

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