Análise | Wanted: Dead PS5 - Uma Confusão.... Confusa?

Pousem as varinhas e estacionem as vassouras um bocadinho se faz favor. Quero-vos falar sobre algo.

O quê é Filipe? É um jogo.
Que estilo? Não sei.
Qual é o tema? Muitos e variados.
Têm bons gráficos? Não sei explicar.
Qual a duração do jogo? Depende quanto tempo demoram a atinar com o jogo.
É bom? Genuinamente, depois de ter jogado, não sei responder!

Apresento-vos Wanted: Dead!





Após já algumas analises escritas, é a primeira vez que termino um jogo e a minha opinião sobre ele é confusa. Gostei e não gostei, diverti-me e aborreci-me simultaneamente. Em todos os temas que vou abordar este sentimento transporta-se. Tem tanto de bom como de mau, e ao mesmo tempo tem muita coisa lá pelo meio. Mas temos que começar por algum lado, e como tal passarei a dar-vos a conhecer a nossa protagonista Hannah Stone.

Hannah é Tenente  da força de intervenção policial de Hong Kong. Junto com a sua unidade especial, apelidada de unidade Zombie, vemo-nos metidos em diversos problemas, tendo agora que desvendar o que parece ser uma conspiração empresarial a nível global. No começo,  Hannah encontra-se presa (sem ser explicado propriamente o porquê), e por diversas ocasiões desmaia, levando-nos para umas cutscenes. Até aqui é poderíamos considerar tudo "normal", no que a uma experiência "video-jogável" diz respeito, se não fossem esses full motion videos serem em... Anime! E sem ligação aparente entre a "história" principal! Em muitos jogos o foco realmente não é ter uma história rica ou profunda, mas Wanted: Dead apresenta algo tão confuso que creio nunca a totalmente compreender!





Até porque há momentos em que a nossa equipa está em vários diálogos (acentuo o vários) e em vez de criar algum contexto para o jogador, acabam somente por encher o enredo com momentos banais. Digamos que não estou propriamente muito interessado em saber se o ex companheiro da nossa protagonista vai lá a casa, ou se fica em casa dos pais, ou se o "Robert" do segundo andar trocou uns olhares e até é girinho... 

Avançando..




O principal estilo de jogo (há vários como é expectável por esta altura) é uma espécie de hack and slash/ shooter. O conceito básico será atravessar um mapa, enfrentando hordas de inimigos que deveremos aniquilar. Para isso temos ao nosso dispor uma arma principal (algo similar a uma metralhadora), uma pistola e uma espada samurai (sendo que as duas primeiras podem ter os seus componentes alterados nos checkpoints). A verdade é que, em termos de jogabilidade "Wanted: Dead" é cativante,  utilizando as combinações entre a espada e a pistola, em parceria com os finishers. As melhores combinações resultam num espectáculo de braços e cabeças a saírem do corpo dos inimigos,que não são somente gratificante, como também servem para ganhar pontos para desbloquearmos upgrades da nossa personagem. 

Admito que senti alguma dificuldade inicial (mesmo jogado em modo normal e havendo ainda o modo difícil) a perceber e a atinar com a dinâmica de combate. Quando usar as armas de longo alcance, quando contra atacar, defender, usar granadas e todas as outras opções ao nosso dispor para avançarmos nos níveis. Derrotar os vários inimigos é uma tarefa que demora a interiorizar, mas que trás algum conforto ao jogador após esse período inicial. E sim, como é lógico e faz todo o sentido teremos como adversários: soldados inimigos, zombies com marretas, androides, tanques que se parecem aranhas, ninjas...entre outros que tentamos espalhar as suas entranhas! Portanto, mais uma vez, uma planetude the conceitos!



Quando não estamos nesses momentos de esquartejamento em massa, estamos em diálogos com as outras personagens do jogo ou deambulando pela esquadra policial cheia de gatos (sim gatos, vá não façam tantas perguntas!). Nesses momentos temos comentários filosóficos que, como devem calcular, simplesmente não encaixam em lado algum e além das extremamente interessantes conversas, temos vários mini jogos. Yupi! 

Exemplificando, podemos jogar aquelas maquinas da garra onde tentamos agarrar um prémio e fazê-lo cair num buraco. Até podemos mandar umas cacetadas na mesma até ela se avariar. Ou podemos jogar outras maquinas de arcada, vale tudo! Temos também mini jogos ritmados onde temos que carregar nas teclas que aparecem no ecrã ao ritmo de uma musica, para comer Ramen mais rápido que o nosso colega numa competição saudável de glutões. Ou mesmo outro jogo de ritmo numa máquina de karaoke em alemão... É uma verdadeira "mixórdia de jogabilidades"! Será que estamos perante um novo género de videojogo?





Abordando agora a componente gráfica, podemos afirmar que esta é... peculiar (confesso que os adjectivos que caracterizam o bizarro desta experiência já escasseiam, ufa). Há certos detalhes que estão extremamente bem caracterizados, outros que são simplesmente "quadrados" (aqui aponto mais os cenários onde temos os combates como insípidos e pouco trabalhados nas texturas) e outros... simplesmente exagerados!

Mesmo no meio disto tudo sentimos algumas quebras de frames quando ocorrem explosões ou aparecem um lote de inimigos mais volumoso, mas nada de realmente significante, no meio de tanta coisa extrema. Ainda em detalhes mais técnicos o aspeto sonoro está bem conseguido. E claro que aqui também há um ou outro pormenor especificamente.. original, mas no geral os efeitos das armas e dos inimigos e mesmo a entoação nos diálogos está bem feita. 





Conclusões

Querem matar zombies com espadas de samurai? Força. Alterar as armas ao estilo de Call of Duty ( mas vá, sem impactos tão significativos)? Estão à vontade. Passear por uma esquadra policial cheia de gatinhos fofinhos? É agora possível! Sangue espalhado como se um filme de Quentin Tarantino se tratasse? Check. 

Wanted: Dead traz tanta coisa e muitas vezes ao mesmo tempo, que como jogador ficamos perplexos. São demasiadas emoções para um jogo que não faz qualquer esforço em aprimorar qualquer uma delas. Apesar de tudo, o lado humorístico evidente leva-nos para o oposto das emoções mais negativas que poderíamos ficar desta experiência, chegando inclusive a diversos momentos de: "vá só mais 10 minutos". 

Não posso dizer para o jogarem, mas sinceramente também não posso dizer para o porem de parte. Na minha humilde opinião, apesar de tudo e pela calamidade de tudo que o jogo trás, irei dar uma nota positiva, porque o meu lado cómico ganhou ao lado racional.

O que posso dizer e sinceramente espero é que, após lerem esta analise não se sintam tão confusos como... eu. 

O Melhor:
  • Corpos desmembrados por uma katana
  • Sangue, sangue por todo o lado
  • Gatos fofinhos

O Pior:
  • Grafismo desequilibrado
  • História com muito pouco nexo


Pontuação do GameForces – 5.5/10


Título: Wanted Dead
Desenvolvedora: Soleil
Publicadora: 110 Industries Team
Ano: 2023

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a PlayStation 5, através de um código gentilmente cedido pela 110 Industries Team


Autor da Análise: Filipe Martins




Análise | Wanted: Dead PS5 - Uma Confusão.... Confusa? Análise | Wanted: Dead PS5 - Uma Confusão.... Confusa? Reviewed by Filipe Martins on fevereiro 22, 2023 Rating: 5

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