Phantom Breaker: Omnia [PS4] - Magia, Criaturas e um Combate mais ou menos...




Jogos de luta com personagens inspiradas em animes são um enorme sucesso no Japão. Contudo e muito graças à sua popularidade, aos poucos têm vindo a conseguir encontrar o seu local no Ocidente. Phantom Breaker: Omnia é exactamente isso. Trata-se do segundo título da série Phantom Breaker (o primeiro foi lançado para a 7ª geração de consolas entre os anos 2011 e 2013), um jogo de luta 2D com personagens, maioritariamente femininas, e com diversos estilos de combate.
 
Em Phantom Breaker: Omnia temos cerca de 20 personagens, todas completamente diferentes e únicas. Como cada uma conta com diferentes atributos, é notório a tendência ao desiquilíbrio do jogo. Para além disso, existem também três estilos de luta: o Quick, Hard e Omnia. Os dois primeiros adicionam certos atributos à nossa personagem, sendo que o Quick considera pontos extra de velocidade e o Hard foca-se na defesa e ataque. Os combates consistem, então, na utilização de combos sempre que possível e de habilidades especiais quando conseguimos preencher uma barra que se encontra visível na nossa tela ao longo de todo o combate.




Dependendo do nosso estilo de luta, as habilidade mudarão. Se escolhermos Quick iremos perder pontos de ataque e receber na velocidade e a sua habilidade irá consistir em ficar muito rápido e efetuar imensos combos a uma velocidade enorme durante um certo espaço de tempo (este dependendo de quantas vezes enchermos a já mencionada barra). Se estivermos no estilo Hard, a nossa personagem terá um "Boost" de defesa e no ataque e a sua habilidade especial consistirá em não receber impacto dos ataques adversários durante um certo período de tempo. Por fim no modo omnia a nossa personagem efectuará apenas um ataque específico como alguma magia dependendo de quantas vezes enchemos a barra. Caso tenhamos a barra no nível 4 (algo que é muito difícil uma vez que as personagens perdem muita vida com os ataques) a nossa personagem irá efectuar um ataque especial.

O combate em si não é nada complicado, cada botão efectua uma acção e a nossa personagem defende sempre que estamos parados ou a andar para trás, algo bastante comum neste estilo de jogo. Os botões R1, R2, L1 e L2 fazem a combinação dos botões e ajudam bastante nos combos. Contudo, sente-se um ligeiro desequilíbrio entre personagens, mais especificamente quando se trata do alcance que elas têm e no dano que cada um causa ao adversário.

Ainda no que se refere à jogabilidade, salientamos a boa resposta dos comandos efectuados pelo jogador, onde as personagens respondem rapidamente.  De igual forma, a facilidade de efectuar combos e um aspecto disseminado por toda a experiência. Este é um aspecto essencial para os novos jogadores conseguirem obter um efeito de gratificação mais imediato. Por outro lado, também poderá relevar que os típicos jogadores “Button Smashers” também vão safar-se bem, realizando uma quantidade enorme de combos sem saber, o que poderá revelar-se frustrante para os jogadores mais profissionais.



Relativamente à sua estrutura, o jogo contém um modo de história no qual teremos de escolher uma personagem. Após fornecida uma caracterização da mesma através de um narrador a falar por cima de uma imagem da mesma, posteriormente teremos de ultrapassar 7 lutas até chegarmos ao último inimigo (algo bastante semelhante ao que acontece no jogo Tekken). Entre as lutas a nossa personagem irá ter pequenos diálogos com as outras personagens que irá defrontar, contudo este diálogo não é muito interessante e por vezes não faz sequer sentido algum. Após derrotarmos o último inimigo (que é o mesmo para todas as personagens), o jogo explica o que aconteceu à nossa personagem após os combates e termina assim o modo de história. Todos os combates no modo história serão no estilo Quick.

Para além do modo história temos também o modo online, cujo não foi possível experimentar pela ausência de jogadores adversários, porém conseguimos perceber que o jogo segue o esquema de todos os outros jogos de luta. Temos uma carta de identificação na qual podemos alterar o título e a imagem e onde aparecem as nossas estatísticas. Aqui são considerados dois modos de luta, Ranked e Player. Estes são dos modos bastante recorrentes, onde as lutas Ranked contam para subirmos no nosso escalão. Portanto, sempre que ganhamos uma luta adquirimos pontos e subimos de nível, porém sempre que perdemos uma luta, perdemos pontos e podemos descer de escalão. Nas lutas Player não existem escalões.


Temos ainda o famoso modo treino onde podemos treinar as nossas habilidades e combos com e contra as personagens que quisermos. O modo single está dividido 4 estilos: Arcade; Endless Battle; Time Attack e Score Attack. Começando pelo fim, no modo Score Attack temos de diversas lutas de apenas uma ronda no qual o objetivo principal (a seguir a ganhar a luta, claro!), é obter a maior pontuação possível. No modo Time Attack temos como objectivo terminar a luta o mais rápido possível. No modo Endless Battle temos de conseguir a maior sequência de vitórias seguidas. O modo Arcade é o famoso estilo de torre que estamos todos habituados, sendo este é o único modo com duas rondas por luta.

Os cenários estão bem conseguidos e é notória a grande dedicação por parte dos desenvolvedores tanto na parte visual como sonora. Cada ataque tem o seu som, não existem duas personagens iguais, apesar de algumas terem armas idênticas. A cada ronda o cenário munda, porém situa-se na mesma localização, o que dá a entender que os dois adversários se moveram entre rondas, algo que é bastante interessante de se ver num jogo de luta. A música também é um ponto positivo, com grandes melodias de rock electrónico de fundo durante todos os combates e até mesmo durante as "cutscenes".




Conclusões

Phantom Breaker: Omnia, não pode ser chamado de um jogo mau, contudo certos aspetos podiam ser optimizados e melhorados. Num jogo de luta deste género é problemático haver personagens mais fortes, mais rápidas e que causam mais dano que outras. Um jogo de luta necessita de considerar um delicado equilíbrio e neste caso traduz-se em ter um role de personagens ao mesmo nível, excepto Bosses obviamente. Tirando isso, o jogo apresenta uma mecânica de luta bastante simples, sem nada de especial para apontar e com um modo de história que deixa um pouco a desejar. A inclusão de 3 estilos de luta diferentes é sem dúvida um dos melhores aspectos e que traz imensa variedade ao jogo, contudo é algo já utilizado em outros jogos e em muitos casos até melhor desenvolvidas.


O melhor:

  • A introdução de 3 estilos de luta;
  • Cenários e efeitos sonoros muito bem feitos;
  • Personagens muito bem desenhadas e únicas.

O pior:

  • Desiquilíbrio entre personagens;
  • Um modo de história fraco;
  • Combate demasiado simples.

Pontuação do GameForces: 6.5/10


Título: Phantom Breaker Omnia
Desenvolvedora: GameLoop Inc.
Publicadora: Sony
Ano: 2022

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo, através de um código para a PlayStation 4, gentilmente cedido pela SC Media.


Autor da Análise: Carlos Cabrita


Phantom Breaker: Omnia [PS4] - Magia, Criaturas e um Combate mais ou menos... Phantom Breaker: Omnia [PS4] - Magia, Criaturas e um Combate mais ou menos... Reviewed by Carlos Cabrita on março 24, 2022 Rating: 5

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