[Análise] Monster World IV [PS4]

De forma a complementar e dar a conhecer o seu original ao publico, no anúncio oficial de Wonder Boy: Asha in Monster World foi também divulgado que seria disponibilizada uma cópia física deste título. Este facto por si só já é uma ótima noticia, mas o que realmente demonstra um reconhecimento a todos os fãs da série é a inclusão de uma cópia digital do titulo original de 1994 lançado para a famosa Sega Mega Drive.

É efetivamente uma belíssima surpresa e que permite ao jogador experimentar um título que somente pela segunda vez é disponibilizado oficialmente no ocidente. Até agora era um exclusivo Japonês por cerca de 20 anos e que somente tinha feito a sua aparição por estes lados do globo na PlayStation 3 e Xbox360.

Tal e como indicamos na nossa review do Wonder Boy: Asha in Monster World, neste jogo somos presenteados com a nossa heroína Asha onde toda a nossa história começa após a protagonista ouvir um chamamento como que guiado pelo vento. Este indica á nossa personagem que uma catástrofe está prestes a abater-se sobre o seu mundo, amaldiçoando todos os habitantes da Terra. A nossa heroína decide então abandonar a sua família e a vila onde crescera, para partir em busca de respostas.

Ao chegar á cidade Rapadagna, começamos a conhecer um pouco mais a história desta antiga e intrigante maldição, por via das antigas escrituras e sobre a existência dos Pepelegoo, pequenas criaturas místicas e simpáticas que protegem a Terra do mal desde os antigos tempos.

Numa visita ao castelo da rainha, somos presenteados com o titulo de guerreira e por consequência é-nos entregue um dos quatro medalhões antigos, que abrem as passagens entre este mundo e os reinos abandonados nos quais teremos de libertar os quatro espíritos que protegem estes lugares.

Falando agora um pouco em termos de gameplay, é impossível não notar que todos os títulos da série Monster World partilham o mesmo estilo clássico de jogo: uma mistura de ação, RPG e plataformas em duas dimensões. A grande diferença que encontramos neste quarto titulo é que existe apenas uma cidade utilizada como espécie de HUB, permitindo-nos aceder a todas as restantes cidades e reinos do jogo por via de um templo sagrado. Para além disso cada uma destas áreas tem como tema os diferentes elementos principais da Terra (Fogo, Terra, Água e Ar).

Nestas mesmas áreas, nós enquanto jogadores, devemo-nos aventurar em cada mapa, no qual nos serão apresentados diversos puzzles e inimigos. O objectivo principal passará então  por resolver e derrotar estes obstáculos, de forma a podermos prosseguir com  nossa aventura.

Ainda no que se refere à jogabilidade, não podemos deixar de indicar que no seu todo o jogo é-nos apresentado como bastante desafiante, mas não a ponto de exaustivo, no sentido em que exige ao jogador uma boa coordenação e algum pensamento critico na hora de realizar uma qualquer ação de ataque ou defesa frente a algum inimigo. Para além disso temos obrigatoriamente de falar sobre o nosso grande companheiro de aventura o Pepelegoo.

Sendo que nos encontraremos com este nosso amigo num momento importante da nossa aventura, como indicado na nossa última analise, o Pepelegoo é uma pequena criatura azul e misteriosa que nos irá acompanhar e ajudar durante todo o nosso restante percurso. A sua principal função será auxiliar a nossa personagem a saltar ou inclusive planar sobre alguns mapas ou níveis.

Após encontrarmos este nosso companheiro, o jogo não nos revela grande informação acerca do mesmo, mas ao avançar na história iremos recebendo informações mais detalhadas sobre o mesmo, fazendo de tudo para que este seja visto como uma peça-chave e de forma bastante orgânica, além do vínculo que os dois personagens vão criando entre si.

Agora falando um pouco em termos visuais e de áudio. Como qualquer jogo do estilo e desta mesma época , Monster World IV apresenta-nos um visual pixelizado, com cores vivas e diferenciadas, transmitindo aos jogadores mais antigos uma sensação de nostalgia. Em termos de áudio, estamos a falar de uma experiencia daquelas á antiga em que toda a soundtrack do jogo é criada num estilo de 16 bits.

Não podemos também deixar de indicar que, como talvez seja esperado por alguns fãs, este jogo é basicamente uma versão emulada do titulo lançado para a Mega Drive com todos os textos em inglês. Existe uma possibilidade de customização em termos de filtros e resoluções que o jogador pode optar, como os filtros de scanlines para diminuir o efeito pixelizado da imagem e muito mais. Porém, não há nenhuma forma de Save State, sendo que apenas temos disponivél o save do próprio jogo como forma de manter o nosso progresso.

Conclusão

Apesar de ser um jogo divertido, bastante bem contruído e de recordações algo que nostálgicas, qualquer jogador que seja um pouco apreciador do género encontrará neste titulo uma excelente e divertida experiencia.

Infelizmente está apenas disponível na versão física do Wonder Boy: Asha in Monster World e não em lojas digitais, mesmo sendo apenas um código.

Obs.: A versão física de Wonder Boy: Asha in Monster World vem, exclusivamente, com o jogo original Monster World IV, publicada pela ININ Games.

O Melhor:

• Visual colorido, vibrante e inspirado;
• Cenários diversificados;
• Desafio feito á medida;
• Grande customização de gráficos.

O Pior: 

• Necessário comprar a versão física para jogar
• Combates monótonos;
• Sistema de progressão simplicista.

Pontuação do GameForces – 8/10 

 

Título: Monster World IV

Desenvolvedora: Westone Bit Entertainment 

Publicadora: SEGA 
Ano: 1994 (Original)/ 2021 (Disponível com a cópia física de Wonder Boy: Asha in Monster World)

Nota: Esta análise foi realizada com base na versão digital do jogo para a PlayStation 4, através de um código gentilmente cedido pela STUDIOARTDINK.

Autor da Análise: Bruno Ferreira