[Análise] PACER [PS4]




“I got the need… The need for Speed!”. Muito bem, agora que já tiramos da frente a sensação deixada por este jogo, podemos prosseguir para a análise! 

PACER é um título de corridas futuristas muito ao estilo de Wipeout. Sim, sabemos que este franchise é sempre considerado como os bastão de comparação para este género, mas existe um motivo para isso. Na sua vasta maioria, são jogos com uma jogabilidade irrepensivel, gráficos de ponta e com uma saudável sensação de adrenalina . PACER é efectivamente uma experiencia que transmite todas estas valências, mas que na sua génese objectiva ir mais além. 

Para começar, o jogo segue os trâmites tradicionais de um título deste género, contando com os típicos modos de jogo, como por exemplo a corrida rápida, contra relógio, resistência, eliminação ou campanha. Contudo os produtores adicionam mais um conjunto de modos, que a nosso entender são uma boa lufada de ar fresco, como por exemplo o modo de destruição (onde somente temos uma vida), Flowmentum (onde a nossa velocidade aumenta à medida que vamos passando por portões) ou Tempestade (onde temos de manter a nossa nave numa zona de segurança que se contrai com o evoluir da corrida). 




Estes novos modos de jogo são uma óptima forma de manter o interesse do jogador, providenciando uma experiencia diferenciada dentro do seu género. Contudo, existem outros aspectos que este título em particular também excela, como por exemplo a alta customização dos nossos veículos. Basicamente quase tudo, desde a cor do nosso chassi, até aos elementos que compõem o interior da máquina (motor, manobrabilidade, antigravidade, defesa, etc.) podem ser personalizadas e criadas configurações particularizadas para o nosso jogador. No fundo podemos definir quase a totalidade das especificações técnicas de modo a ajustar ao nosso perfil de jogo, ou á pista em questão. 

Naturalmente, para alguns, este poderá parecer um ponto negativo, pois simplesmente pretendem passar algum tempo e divertirem-se sem grandes complicações. Para esses a produtoras tem algumas configurações base já preparadas, bastando escolher com um simples toque de botão. Por exemplo, optimizar a velocidade reduzindo a manobrabilidade, ter um máquina mais indicada para drifting, ou simplemente uma configuração mais equilibrada, todas estão disponíveis. 


 

Como mencionamos, estas mesmas configurações são particularmente importantes na forma como conduzimos e sentimos a nossa nave. Neste âmbito o produtor efectuou um óptimo trabalho em providenciar uma jogabilidade perspicaz, frenética e cativante. Os controlos tem bom feedback e o comportamento da nave também apresenta óptima resposta. Felizmente a qualidade gráfica do título considera uma boa profundidade e optimização, o que permite evitar um pouco o efeito de blur que muitos destes títulos costumam apresentar para ocultar problemas de performance. 

Não somente os cenários estão bem caracterizados, como também as próprias máquinas apresentadas com um bom nível de detalhe e novamente várias possibilidades de alterações cosméticas que vão sendo desbloqueadas à medida que vamos passando o jogo ou o seu modo de campanha. Todos estes factores traduzem este título como uma experiência diferenciada e interessante no seu género. Ainda assim, denotamos que a jogabilidade de base permanece a mesma e neste sentido gostaríamos de ter experimentado por parte da produtora algum risco em inovar nesta vertente, talvez inserindo uma maior complexidade das rotas múltiplas ou mesmo um semi open world. 


 

Ainda assim, o título conta com uma quantidade saudável de pistas (14 no seu total) e com um bom nível de variedade, desde percursos mais citadinos a outros mais em espaços abertos. Naturalmente isto reverte-se em percursos com perfis de corrida bastante diversificados, alguns privilegiando a velocidade e outros a manobrabilidade das naves. 

É durante o percurso no modo de carreira que vamos conseguir experimentar todas estas possibilidades, desde a customização da experiencia, até às pistas criadas. Neste modo, assumimos o papel de um piloto de corrida que deverá participar em vários eventos, assim como assinar contractos com as vários conglomerados/empresas que patrocinam as nossas máquinas. É um modo bastante simples e directo, sem (ou quase nenhuns) enredos, para além dos objectivos que cada empregador tem para nós. 

Mas também é durante este modo que experimentamos a vasta maioria do que ó título pode apresentar, inclusive a sua banda sonora. Esta valência encontra-se bastante bem adaptada ao jogo, com alguns performers conhecidos a apoiar a sua produção. É um aspecto relevante do jogo e que ajuda a manter um óptimo ritmo na jogabilidade, mas que no fundo não se torna memorável a longo prazo para os jogadores. 



Todos estes elementos, desde a personalização das máquinas, design das pistas ou manobrabilidade da máquina, traduzem-se numa experiencia recompensadora. Naturalmente existe uma curva de aprendizagem, intrinsecamente associada ao conhecimento das pistas e formas de controlar a nave, mas que no geral revela-se suave na sua evolução. Este é um bom aspecto para os jogadores novos ao género principalmente. Naturalmente algumas pistas serão mais difíceis de dominar que outras, mas no fundo faz tudo parte do desafio do jogo.

Resta-nos por fim abordar a componente multiplayer online. Neste modo é possível jogar contra 10 jogadores, em 7 modos de jogo diferentes e com chat de voz disponível. Não denotamos dificuldades em obter sessão ou problemas de ligação, muito possivelmente resultante dos servidores dedicados. Sem grandes entraves, acreditamos ser uma mais valia para o título e para os jogadores que apreciem este tipo de competição.



Conclusões 

PACER apresenta-se como um título que procura aprimorar uma experiência fundamentada numa fórmula já solidificada. Ainda assim consegue introduzir algumas novidades que poderão agradar aos fãs do género. Ainda assim sentimos que poderia haver uma maior disposição por parte dos produtores em evoluir ou mesmo reformular esta forma. 

Com gráficos de ponta, óptima profundida de personalização das nossas naves, grande variadade de pistas e uma banda sonora cativante, é certamente uma boa opção para um vasto leque de jogadores, desde os mais experientes aos novatos. 





O Melhor:
  • Handling e jogabilidade; 
  • Quantidade e qualidade das pistas incorporadas 
  • Possibilidade de personalizar a fundo a nossa nave 
  • Banda sonora 



O Pior:
  • Falta em apostar numa reformulação de uma fórmula já conhecida. 



Pontuação do GameForces – 8.0/10 


Título: PACER 
Desenvolvedora: R8 Games Limited 
Publicadora: R8 Games Limited 
Ano: 2020 



Autor da Análise: Carlos Silva





[Análise] PACER [PS4] [Análise] PACER [PS4] Reviewed by Carlos Silva on novembro 14, 2020 Rating: 5

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