[Análise] Horizon Chase Turbo [PS4]

Com as boas críticas recebidas ao jogo “Horizon Chase – World Tour”, a produtora Aquiris Game Studio procurou desenvolver uma sequela apostando no aprimorar da sua formula base, e desenvolvimento de alguns conceitos adicionais, como por exemplo o multi-jogador local, bem como  mais pistas e mais carros.

Horizon Chase Turbo, lançado em Maio de 2018 para o PC e PS4 (e mais recentemente para a Xbox One e Nintendo Switch), consegue efectivamente apresentar uma experiência agradável que apela aos jogadores mais nostálgicos e casuais. Ainda assim, ao experimentar esta sequela, ficamos com a sensação de que poderia ter havido alguma maior predisposição da produtora em arriscar mais na sua fórmula. Não obstante deste aspecto, não deixa de ser uma experiência agradável e com um bom nível de entretenimento.

O jogo em si é baseado num gameplay com já algumas décadas de existência, numa altura em que jogos como Out Run, Top Gear e Lotus Turbo Challenge arrebatavam o interesse dos fãs de desportos motorizados. Como tal, é de esperar que, quem nessa altura já tinha a possibilidade de jogar estes títulos, irá deparar-se com uma experiência bastante nostálgica. Complementarmente, Horizon Chase Turbo apresenta uma banda sonora, estrutura evolutiva e grafismo bastante retro que alimentará ainda mais esta sensação.

Abordando em particular a estrutura do jogo, inicialmente, teremos acesso a somente um modo de jogo “World Tour” que deveremos percorrer, adquirindo dinheiro e passando as diversas corridas com vista a desbloquear outros modos e carros adicionais. Somente chegando ao final deste modo que teremos todos os outros disponíveis. Em cada localidade existe também eventos especiais que poderão fornecer, caso o jogador seja hábil o suficiente, um upgrade à escolha aos seus veículos, providenciado uma maior sensação de personalização.

A jogabilidade é bastante simples de interiorizar, ainda que o seu aperfeiçoamento possa demorar algum tempo, facto que ficará mais visível nas pistas mais difíceis. Não obstante, estamos perante uma curva de aprendizagem bastante suave e mais indicada para os jogadores casuais.

Uma das melhores valências deste título passa pelo multi-jogador local que garante sempre uma boa sessão de divertimento sem grandes complicações. A banda sonora ao encargo do famoso Barry Leitch (Top Gear, Rush, Lotus, entre outros) também procura implementar um bom ritmo de jogo, complementado por um desempenho gráfico bastante suave. A sua longevidade é aceitável, com dezenas de localidades, inúmeras pistas e mais de três dezenas de veículos para utilizar.  

Em termos de menos valias, podemos mencionar que estamos perante um título que poderá tornar-se repetitivo, principalmente no modo campanha e mesmo considerando o sistema evolutivo do jogo (avançar nas diversas corridas, desbloqueando mais carros e mais habilidades). Também por vezes o jogo torna-se tão rápido que perdemos um pouco de noção de profundidade. Por fim, para os jogadores que dão uma grande importância aos gráficos fica o aviso de que é um título extremamente simples nesta valência.

Conclusão

No geral é uma experiência interessante que alguns jogadores poderão achar apelativa, estando contudo inserida num mercado com bastantes alternativas e algumas mais completas. Não obstante deste aspecto, é um jogo que tem uma boa base para evoluir e apresentar no futuro novos aspectos que vão de encontro com os jogos de corridas arcade mais actuais.

O melhor

• Sentimento nostálgico
• Banda sonora
• Diversão no modo multi-jogador

O pior

• Um pouco repetitivo no modo campanha
• Pouco inovador
• Poderia ter um melhor multi-jogador online

Pontuação do GameForces - 7/10

*Esta análise foi efectuada com um código gentilmente cedido pela Aquiris Game Studio.

Carlos Silva